segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Quebrou ou não quebrou?

A operação Satiagraha anda tirando o sono de muita gente até hoje. E engana-se quem pensa se tratar dos investigados, presos ou não, pela Polícia Federal. Agora quem está incomodada é a imprensa. Está em pauta saber se a PF quebrou ou não o sigilo telefônico de jornalistas da Globo.
Se antes a pergunta deveria ser "quem vazou informações sigilosas na noite da operação e com isso, ajudou a emissora a gravar as imagens de políticos conhecidos sendo presos, com algema e tudo?", agora passa a ser "quebrou ou não o sigilo de jornalistas e com a autorização de quem?".
De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, edição de sexta-feira, 7 de novembro, "os números dos telefones da Nextel foram usados no inquérito que levou o juiz federal Ali Mazloum, da 7ª Vara Criminal Federal, a autorizar uma ordem de busca e apreensão contra Protógenes Queiroz. O delegado teve sua casa em Brasília, um quarto de hotel em São Paulo e o apartamento de seu filho no Rio de Janeiro vasculhados(...)". Ainda de acordo com a publicação, entre 10 e 12 aparelhos da Nextel - com os respectivos Cell ID, número de identificação e antenas que permitem a localização física do usuário - foram anexados ao inquérito, além dos horários das ligações e da lista de chamadas e ligações recebidas de cada aparelho - que, de acordo com a Folha, ainda não constam nos autos.
Em nota, a PF negou que tenha quebrado sigilo telefônico sem autorização e afirmou que "não investiga jornalistas no referido inquérito policial, pois respeita a norma constitucional que garante o sigilo de fonte desses profissionais".
Na teoria é isso aí.

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